"Sózinha, a doce maçã enrubesce no alto ramo,
alto, altissimo, pois esqueceram-na
os apanhadores de maçãs.
Na verdade, não a esqueceram:
não conseguiram foi lá chegar"
Safo, século VII a.c.
“Os norte americanos submetem o sentimento à utilidade. Nós submetemos a utilidade ao sentimento. E se existe esta diferença de organização, de vida, de ser, se eles vendiam enquanto chorávamos, se substituímos a sua cabeça fria e calculista pela nossa cabeça imaginativa, e o seu coração de algodão e de couraçados por um coração tão especial, tão sensível, tão novo, que só pode chamar-se coração cubano, como querem que legislemos com as mesmas leis com que eles legislam? Querem que os imitemos? Não!, copiemos?, Não! É bom, dizem-nos. É americano dizemos. Acreditamos, porque temos necessidade de acreditar. A nossa vida não é semelhante à deles, nem deve, em muitos pontos assemelhar-se. A sensibilidade entre nós é muito grande. A inteligência é menos positiva, os costumes são mais puros; como, com leis iguais, iríamos ordenar dois povos diferentes? As leis americanas deram ao Norte um alto grau de prosperidade, mas também o levaram ao mais alto grau de corrupção. Metalizaram-no para o tornar próspero. Maldita seja a prosperidade a um custo tão alto”
José Marti, 1895 – extraído de “Marti e as Duas Américas” de Pedro Pablo Rodriguez
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