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quarta-feira, novembro 18, 2009

Anticastristas pagam milhões a congressistas americanos

(Publico)

"Cerca de 400 membros do Congresso dos EUA receberam à volta de 11 milhões de dólares (cerca de 7,4 milhões de euros) de um grupo de apoio às sanções ao Governo cubano nos últimos cinco anos, segundo um relatório do grupo Public Campaign, que defende a reforma das regras de financiamento na política norte-americana (...)
"Talvez seja a velha história do dinheiro e da política, mas 18 membros mudaram o seu voto na questão, alguns muito perto da data em que receberam doações", disse o director do Public Campaign, David Donnelly, citado no diário norte-americano "Washington Post" (...)

As doações feitas a congressistas democratas aumentaram 50 por cento nos últimos quatro anos, especialmente depois do partido conseguir o controlo das duas câmaras do Congresso, em 2006. Quando foi criado, em 2004, o PAC dava dinheiro sobretudo a republicanos, mas hoje 76 por cento dos seus fundos são canalizados para democratas, diz o relatório.
O documento menciona, por exemplo, o congressista democrata Mike McIntyre, que até 2004 votou a favor da melhoria das relações com Cuba, e desde então recebeu 14.500 dólares (mais de 9700 euros) e acabou por mudar o modo como votava nas questões relacionadas com Cuba.
O congressista diz que mudou de opinião depois de ouvir a história do seu colega republicano Lincoln Diaz-Balart, um feroz defensor do embargo. "Não teve nada a ver com o dinheiro. Tive uma mudança de opinião filosófica. Não podemos apoiar a democracia e os direitos humanos além-mar se não os apoiamos a 90 milhas da nossa costa", disse ao "Washington Post" (...)"

o Público não menciona que o "congressista americano" Lincoln Diaz-Balart é filho do promotor da primeira organização anti-castrista fundada logo em 1959 (La Rosa Blanca), de seu nome completo Rafael Lincoln Díaz-Balart y Gutiérrez e que exerceu o cargo de Ministro da Defesa do último governo pró americano de Fulgêncio Batista (1) de quem aliás era cunhado, precisamente o que foi derrubado pela Revolução. Como não haveria o homem de "ser um feroz defensor do embargo"?

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* na perspectiva norte americana o sargento Fulgêncio Batista também era um revolucionário. Basta relembrar que os seus discursos eram escritos a partir da Flórida
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